segunda-feira, 4 de maio de 2009

Branco carvão em ti

Estás longe de chegar ao pé de mim

Longe é o meu sentimento que te desejaria

Sentir.

Vejo alegres flores de graciosa cor carmim

Esperando que seja igual ao meu sorriso que te faria

Sorrir.

Meu amigo, bem tinhas razão,

Como é difícil não amar aquela que nos causa menos problemas,

Aquela que igualmente nos transpareça o néctar de mil açucenas.

Reflicto no perdido amor que se fará revoltar no seu corpo inocente,

Quem me dera não amar para amar novamente,

Mas o amor que sinto é infinito certamente.

Abomino-me por olhar o seu corpo cheio de pecados,

Por ter o privilégio de entristecer-me por aqueles olhos cor de trigo

E por entrar no Céu divino ao escutar a sua voz nas preces que faz comigo.

Há aquela que me espera sem estafa,

Aquela que pela qual eu sinto algo tão grande que aos poucos me desfaça.

Pela qual combato sem cuidar das feridas

Pela qual gasto-me sem esperar alguma recompensa

Pela qual corro-me em saber o que pensa…

O quanto amo amar-te,

Mas o quanto é perigoso semelhar-te.

Sei que fomos escolhidos para nunca nos tocarmos

E sofrermos como um só…

Eis-me aqui consumido, apodrecido, amargurado e entristecido

No entanto, cheio de sentimentos lacerados por ti.