segunda-feira, 30 de março de 2009

Cheguem-se p'ra lá

Tirem-me esta mordaça
Eu não vos servirei de nada calado.
Meu Portugal tem o fado
Portugal meu amado
Houve a minha orgulhosa voz.
És rude, és severo,
E assim eu espero
Que voltes a ser o especial,
Meu querido Portugal.
Para mim não existe
Oporto nem Allgarve
Existe alguém que sabe
Que este povo grita bem alto em português.
Já choveu ouro nas tuas terras
Já percorreu gente feliz nas tuas serras
Mas nunca tiveste tantas feras.
O medo corre-te pelas vielas
O medo espreita-te pelas janelas
Senta-se até nos bordos do rio.
Ergue-te e sacode todos os males presos às tuas calças
Tosse todos os ignóbeis agarrados à tua garganta
Limpa das unhas todos os sequiosos de poder.
Mas, por favor meu Portugal,
Abre os teus bolsos para que possam cair as sementes
De um país imortal.

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