Jamais sonhei seguir as tuas pegadas.
Nunca pensei ouvir-te a tentar assobiar.
Mas ouço agora as tuas palavras pesadas,
Que não são demais quando as fazes soar.
Nos recantos da minha ilusão,
Via-te dos cabelos à cintura.
Perdia-me por tamanha perdição,
Pelos mais belos recantos azuis,
Desbravando-me com a maior aventura.
Não te sentia, não te obedecia,
Não tinhas odor, não tinhas cor…
Perto de ti não subsistia a dor
Que sinto agora…
Eras tu a mulher dos meus sonhos,
A mulher que se foi lapidando aos poucos…